por Mônica Montone
Filho é para quem pode!
Eu, não posso! Apesar de ser biologicamente saudável.
Não posso porque desconheço o poço sem fundo das minhas vontades, porque às vezes sou meio dona da verdade e porque não acredito que um filho há de me resgatar daquilo que não entendo ou aceito em mim.
Acredito que a convivência é um exercício que nos eleva e nos torna melhores, mas, esperar que um filho reflita a imagem que sonhamos ter é no mínimo crueldade.
Não há garantias de amor eterno e o olhar de um filho não é um vestido de seda azul ou um terno com corte ideal. Gerar um fruto com o único intuito de ser perfumada por ele no futuro é praticamente assinar uma sentença de sal.
Filhos não são pílulas contra a monotonia, pílulas da salvação de uma vida vazia e sem sentido, pílula “trago seu marido de volta em 9 meses”.
Penso que antes de cogitar a hipótese de engravidar, toda mulher deveria se perguntar: eu sou capaz de aceitar que apesar de dar a luz a um ser ele não será um pedaço de mim e portanto não deverá ser igual a mim? Eu sou capaz de me fazer feliz sem que alguém esteja ao meu lado? Eu sou capaz de abrir mão de determinadas coisas em minha vida sem depois cobrar? Eu sou capaz de dizer “não”? Eu quero, mesmo, ter um filho, ou simplesmente aprendi que é para isso que nascemos: para constituir uma família?
Muitas das pessoas que conheço estão neurotizadas por conta de suas relações com as mães. Em geral, são mães carentes que exigem afeto e demonstração de amor integral para se sentirem bem e, quando não recebem, martirizam os filhos com chantagens, críticas e cobranças.
As mães podem ser um céu de brigadeiro ou um inferno de sal. Elas podem adoçar a vida dos filhos ou transformar essas vidas numa batalha diária cheia de lágrimas, culpas e opressões.
Eu, por exemplo, não consigo ser um céu de brigadeiro nem para mim mesma, quiçá para uma pessoinha que vai me tirar o juízo madrugadas adentro e, honestamente, acho injusto colocar uma criança no mundo já com essa missão no lombo: fazer a mamãe crescer.
Dar a luz a um bebê é fácil, difícil é ser mãe da própria vida e iluminar as próprias escuridões.
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Gostei da poesia, a autora também faz música, quem quiser ouvir clica aqui
O que achei mais bacana foi responder SIM "na lata" à todas as perguntas que ela fez....hihihihi
Vocês acham que ela tá certa???
Ela pode até estar certa mas eu acredito que meu filho é sim um pedaço de mim, e eu espero o melhor dele, dou muito amor a ele, e graças a Deus ele me retribui igualmente, não sei se vai ser assim para sempre mas enquanto durar eu vou aproveitar ao máximo todo amor que ele me dá, eu não me iludo achando que ele vai crescer e que tudo vai ser igual porque antes de ser mãe fui filha, e eu sei bem que a realidade de pais e filhos já crescido são outra, por isso eu aproveito o presente, e procuro plantar sementes boas em meu filho como amor carinho etc.... e peço a Deus que quando ele crescer possamos juntos colher os frutos bons.
ResponderExcluirSabe Ro eu te admiro muito como como mãe, vc pode não ser perfeita como gostaria de ser mas pode ter certeza que seus filhos te amam muito assim como vc é, pra mim vc é uma super mãe.
Beijos Sonia
hummmm
ResponderExcluiramei a cara nova!
acho que vou te copiar! pode?
assim aproveito e te linko. que tal?